Jô Soares não acredita em vitória de Lula nas eleições: “não passa de 35%”

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2017 12h30
Bruno Lima/ Jovem Pan

Jô Soares concedeu entrevista ao Jovem Pan Morning Show e além de falar sobre a sua autobiografia “O Livro de Jô”, o apresentador também deixou o seu lado político aflorar, afirmando que o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva e seu rival, Jair Bolsonaro, não irão conseguir se eleger em 2018.

Com quase 80 anos de idade, Jô passou por diversos momentos e regimes no país. Para ele, Lula não conseguirá ultrapassar os 35% que lhe eram tradicionais nas eleições antes de conseguir se tornar presidente em 2002.

“A política é uma coisa fluída, é uma coisa desse momento. Duvido que o Lula passe dos 35% que ele teve. Só não teve quando a classe média e classe alta após a famosa carta ao povo brasileira resolveram acreditar nele, que iria limpar a política e foi exatamente o oposto, nunca houve tamanha corrupção”, diz.

Com um senso jornalístico aflorado e vendo o quanto de roubalheira e escândalos de corrupção a política brasileira está envolvida, Jô aponta que prefere anular seu voto do que se envolver com políticos, mesmo que seja no momento da urna.

“Eu falei para minha equipe, todo mundo votando no Lula, disse que não votaria que pelo meu lado jornalístico de que não deve se envolver com nenhum candidato nem na hora de votar. Votei nulo para não ser usado. Acho difícil que Lula e Bolsonaro vençam essa barreira”, explica.

“Doria é o retrato do Brasil”

Jô Soares relembrou um caso um tanto quanto polêmico envolvendo o atual prefeito da cidade de São Paulo, João Doria (PSDB). O humorista revelou que nas Eleições de 1989, Doria quis dar uma de esperto para promover Fernando Collor de Melo e colou um adesivo do candidato nas costas de Jô, sem o seu consentimento.

Votando na mesma zona eleitoral que o atual prefeito, Jô lembra que Doria chegou como se fossem íntimos e lhe deu um abraço caloroso, sem saber de sua real intenção.

“Quando o Collor foi candidato, o João Doria, hoje nosso prefeito, votava na mesma zona eleitoral que eu e a Flavinha (ex-esposa). Eu o achava uma pessoa muito estranha. Ele me abraça com uma intimidade muito estranha e forte. ‘Jô, que bom te ver!’ e se afastou”, relata.

“Quando se afastou, um cara que presenciou a cena perguntou se eu era amigo dele e eu disse que não, não tinha nenhuma simpatia. Depois me perguntou se eu votaria no Collor e eu respondi que não, que votaria no Covas. Aí o rapaz disse: ‘esse cara que acabou de te abraçar colou um adesivo vote em Collor em suas costas. Isso para mim já desenhou um pouco como é a história política do hoje nosso prefeito da cidade de São Paulo. É o retrato do Brasil”, complementou.

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